Artista principal da gravadora ROC7 vive sua melhor fase, após passado de luta contra o uso de drogas
Crédito fotos: Gabriel Jurado
DOM7NICO promete ser o novo nome de destaque na cena. Diferente da pegada tradicional do rap, o artista se inspira no romantismo da extinta Charlie Brown Jr para passar sua mensagem, que fala de amor, fé e esperança, passeando um pouco pelo gênero pop. No próximo dia 1/12, ele lança seu primeiro álbum, intitulado ‘O Melhor da Vida’, pela gravadora ROC7, em parceria com a Virgin Music Brasil, que é um braço da Universal Music Brasil. O disco conta com dez faixas e participações especiais do rapper Edi Rock, da influenciadora Sabrina Rocha e de Fábio Brazza.
“Apesar de cantar rap, eu tenho um estilo diferente. Eu acho que canto um estilo musical que atualmente não tem ninguém fazendo. É algo completamente diferente e é um estilo musical que o mercado está carente. É algo que vejo que é parecido com o que o Charlie Brown fazia, com uma letra que contém mensagem de amor, algo mais romantizado, diferente do que a maioria está fazendo na atualidade. Sou muito romântico, mas por conta desse lado vida louca que eu já vivi, trago um pouco de ‘maloqueiragem’ nesse meu romantismo”, explica DOM7NICO.
Por trás da produção do novo projeto do artista estão grandes nomes, como Hebert Medeiros e Rael Lúcio. A masterização ficou por conta do ganhador do Grammy Latino, Maurício Gargel, e Big Rabello foi quem assinou a mixagem. As gravações aconteceram no estúdio Pá Virada, o mesmo onde Anitta, Projota e Giulia Be gravaram seus últimos trabalhos. A capa do EP foi criada pelo artista Mark1, considerado uma lenda do grafite mundial e da tatuagem.
Aos 33 anos, DOM7NICO atualmente vive sua melhor fase, após um passado conturbado, que envolve uma internação compulsória ainda na adolescência, devido ao uso de drogas. Aos 16 anos, o rapper passou dois anos internado na luta contra o vício em entorpecentes, após a perda precoce do pai, que o devastou de tal forma que sua vida acabou virando de cabeça para baixo. Mas foi justamente na psiquiatria que ele acabou descobrindo seu dom.
“Acabei me envolvendo com coisas erradas, criminalidade… Já fui preso na Bélgica, já me envolvi com drogas… Tive que me ausentar da sociedade com 16 anos, pois fiquei internado por dois anos em uma psiquiatria. Na psiquiatria foi onde eu descobri o meu dom de compor. Quando saí da internação, tive que cuidar da minha mãe e da minha irmã, então eu não pude me dedicar à música porque eu tinha que trabalhar, estudar, pois eu era o homem da casa. Tive que amadurecer esse meu lado de ser o provedor da casa. Quando eu completei 23 anos, eu comecei a tentar conciliar as duas coisas. Acabei sendo convidado para fazer parte da ROC7, no ano passado, como artista principal da gravadora, e agora eu vou lançar meu primeiro disco”, comenta o cantor e compositor.
Além de afilhado musical de Edi Rock, do Racionais MCs - um dos maiores rappers da história de cena -, DOM7NICO tem músicas gravadas com a cantora Negra Li e composições com Criolo. Também assinou a música do filme/documentário do Corinthians e fez a música em comemoração ao título do mesmo time nos campeonatos Brasileiro e Paulista, de 2017. Já gravou EP de rap na Holanda com um grupo de rap holandês e já teve seu rosto estampado em uma das blusas da grife Cavalera, marca da qual já foi embaixador.
Mas nos bastidores do showbiz, DOM7NICO garante ser um cara simples. “Sou muito ligado à minha fé, à minha família, sou muito leal, verdadeiro, sou rico do que o dinheiro não compra. Não fiz faculdade, mas sou bem vindo dentro da favela e em Dubai com um Sheik. É algo muito louco, porque eu transito nesses dois mundos tratando todo mundo de igual para igual. Acredito que ninguém é melhor que ninguém. E isso gera empatia nas pessoas e abre várias portas pra mim, que me fizeram chegar onde eu jamais imaginaria. Eu era um cara que tinha tudo para dar errado, mas que deu a volta por cima e hoje está bem. Meu pai era alcoólatra, morreu em decorrência do uso de drogas. Hoje eu agradeço a Deus pela minha vida e por tudo que eu vivi e vivo. Durante vários anos da minha vida as pessoas olhavam pra mim com pena, por conta do meu pai, mas eu nunca quis e nunca aceitei esse lugar de pena”, completa o artista.
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