Photos: Luiz Mendes (Vugulu)
No mundo todo estima-se que 50 milhões de pessoas sofram de demências (grupo de distúrbios cerebrais que causam a perda de habilidades intelectuais e sociais), e falar sobre a doença de Alzheimer já é uma questão de saúde pública.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Alzheimer é responsável por quase 70% dos casos de demência. Aqui no Brasil, o cenário é bem desafiador, pois o número de pessoas vivendo com demência deve triplicar até 2050, segundo relatório do órgão.
O médico neurocirurgião Dr. Cesar Cimonari, especialista em tratamento de doenças do cérebro, dor e coluna afirma que o Alzheimer é uma condição complexa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
“Entender como ela afeta o cérebro pode ajudar na busca por tratamentos mais eficazes. No cérebro de uma pessoa com Alzheimer, ocorre um acúmulo anormal de proteínas chamadas placas beta-amiloide. Essas placas se acumulam entre os neurônios, interferindo na comunicação entre eles e, eventualmente, levando à morte neuronal”.
O neurocirurgião explica que outra característica do Alzheimer são os emaranhados neurofibrilares, que são aglomerados de uma proteína chamada tau.
“Esses emaranhados se formam dentro dos neurônios e prejudicam seu funcionamento normal, contribuindo para a perda de conexões neurais. Danos nas Sinapses: À medida que as placas e os emaranhados se acumulam, as sinapses - as conexões entre os neurônios - começam a se deteriorar. Isso interfere na capacidade do cérebro de transmitir sinais elétricos e de processar informações, resultando em sintomas como perda de memória e dificuldade de pensamento”.
Atrofia Cerebral:
Para Dr. Cesar, embora o Alzheimer seja uma doença devastadora, entender como ela afeta o cérebro pode ajudar na busca por tratamentos mais eficazes.
“Conforme a doença progride, o cérebro de uma pessoa com Alzheimer pode começar a encolher ou atrofiar. Isso é causado pela perda progressiva de células cerebrais e conexões neurais, afetando várias regiões do cérebro responsáveis pela memória, linguagem, raciocínio e outras funções cognitiva”.
O médico acrescenta que conforme a doença progride, o cérebro de uma pessoa com Alzheimer pode começar a encolher ou atrofiar.
“Isso é causado pela perda progressiva de células cerebrais e conexões neurais, afetando várias regiões do cérebro responsáveis pela memória, linguagem, raciocínio e outras funções cognitivas”.
É importante destacar que o Alzheimer pode não ter cura, mas quanto mais cedo diagnostica-lo, melhor será o tratamento para impedir a progressão dessa condição e amenizar os sintomas, proporcionando ao paciente mais qualidade de vida, o que traz também um alívio para famílias e cuidadores.
Por Jairo Rodrigues / Jornalista
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