Certificação garante que não são utilizados Nenhum Antibiótico e Nenhum Anticoccidiano na produção
A Korin Alimentos, pioneira na certificação de não uso de antibióticos e bem-estar animal na indústria alimentícia no Brasil e na América Latina, inova mais uma vez. Vinte e oito anos depois de criar o seu primeiro frango de forma natural, sem nenhum antibiótico e nenhum anticoccidiano, a empresa acaba de registrar o selo NAAU, com apoio da AVAL (Associação Brasileira da Avicultura Alternativa) e do CPMO (Centro de Pesquisa Mokiti Okada). O selo, que traz em sua sigla o significado ‘Nenhum Antibiótico e Nenhum Anticoccidiano utilizado’, foi desenvolvido para garantir ao consumidor produtos isentos de qualquer substância que interfira de forma intencional e abrupta na fisiologia do animal aplicada na criação, inclusive as permitidas por lei.
Muito antes de se tornar prioridade na indústria animal, a Korin já desenvolvia um método de criação sem uso de antibióticos e anticoccidianos, prezando sempre pelo bem-estar animal graças à sua ligação com a filosofia da Agricultura Natural preconizada pelo filósofo e pensador japonês, Mokiti Okada (Japão, 1882-1955), que prega a profunda ligação com a natureza.
Segundo explica Jorge Konrado Xavier de Melo, médico veterinário responsável pela nutrição animal da Korin Alimentos, com o desenvolvimento de décadas da avicultura industrial fazendo uso de recursos científicos e tecnológicos com o objetivo de otimizar a produção, melhorar a eficiência e ampliar a capacidade produtiva para atender a demanda de milhões de consumidores ao redor do mundo que desejavam manter uma dieta rica em proteínas de boa qualidade e preços acessíveis, a implantação do modelo industrial na produção animal inflou a quantidade de aves em espaços cada vez menores. “Isso desencadeou uma série de consequências desafiadoras causadas pela interferência humana nos processos de produção”, complementa.
O confinamento causou o surgimento de desafios para a manutenção da saúde das aves, sejam elas de corte ou de postura, ocasionando maior pressão microbiológica e sanitária, desencadeando no aparecimento de doenças que não se manifestavam de forma aguda ou crônica, decorrentes de estresse e qualidade de vida oferecida aos animais.
“Para controlar de forma remediativa e prevenir doenças que surgiram com a mudança de habitat das aves, surgiram antibióticos e anticoccidianos, que tiveram um papel decisivo na produção, pois anularam a percepção do animal sobre seu próprio estado de saúde. Uma dessas doenças é conhecida como coccidiose”, esclarece o profissional.
A coccidiose é uma doença parasitária que ataca o intestino das aves e provoca sintomas como apatia, perda de penas, intestino hemorrágico e perda de absorção de nutrientes.
Causada por um protozoário (Eimeria), a doença prejudica o desenvolvimento das aves e causa diminuição da absorção de nutrientes, além de facilitar o surgimento de outras patologias, como a Clostridiose. Em termos econômicos, há perdas de produção significativas quando o manejo sanitário não é feito de forma eficiente.
Geralmente, a alta densidade de aves e contato com fezes são fortes contribuintes para manutenção da coccidiose nas criações, além de fatores ambientais, como a umidade e a temperatura, que também proporcionam um ambiente favorável para o aumento do problema.
Para combater a coccidiose, a indústria farmacêutica criou os anticoccidianos. Os anticoccidianos (ionóforos ou quimioterápicos) são produtos adicionados intencionalmente na ração animal para prevenir ou tratar contra a coccidiose, eliminando a presença da eimeria no organismo das aves.
“Apesar de serem bastante disseminados, os anticoccidianos podem trazer consequências negativas a longo prazo. A principal delas é a resistência das coccídias aos fármacos utilizados, criando protozoários cada vez mais resistentes e agressivos”, alerta Jorge Konrado.
A solução alternativa às ferramentas tradicionais mais efetiva atualmente são as vacinas atenuadas, soluções concentradas de oscistos esporulados vindos de diferentes espécies de eimeria. Na vacina a ave recebe o microrganismo inteiro, vivo e com o seu potencial patogênico atenuado. Ademais, suas concentrações são conhecidas, isso faz com que a ave tenha condições de reconhecer o protozoário e preparar suas defesas naturais de forma eficiente, o que torna o animal imunocompetente frente ao desafio.
As vacinas não induzem a resistência do coccídeo, promovendo controle natural da doença em todo o aviário, buscando o equilíbrio entre a tecnologia e a natureza. Além disso, a cepa vacinal permanece na cama de frango por longos períodos, o que garante a imunização e proteção de toda a granja.
“Ao promover a saúde, não precisamos nos preocupar com a doença. Isso quer dizer que ao promover um ambiente favorável ao bem-estar animal e à saúde das aves, criamos aves saudáveis que não precisam de antibióticos e anticoccidianos para viver”, finaliza o veterinário.
A Korin Alimentos, empresa do Grupo Korin, com sede na cidade de São Paulo, possui a unidade produtiva no município de Ipeúna (SP). Fundada em 1994, a empresa baseia toda a produção na filosofia do pensador japonês Mokiti Okada (1882-1955), que preconizou a Agricultura Natural, método agrícola sustentável que respeita a natureza, valoriza o agricultor, vivifica o solo e não utiliza adubos químicos ou agrotóxicos. A Korin Alimentos produz e comercializa linhas orgânicas, livre de transgênicos e todos livres de antibióticos e anticoccidiano. A empresa é pioneira no Brasil na produção de frangos e ovos sem uso de antibióticos. Toda a produção é realizada por pequenos e médios produtores, incentivando a agricultura familiar e integrando valores ecológicos e sociais para garantir, não apenas a qualidade dos produtos, mas também sua qualidade de origem.
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