Completando 10 anos de carreira em 2021, Matheus Vecchio, nome reconhecido no Brasil e no mundo como uma das vozes conectivas entre a Geração Z e o marketing pessoal, nos apresenta 3 dicas importantes para quem quer trabalhar e conquistar ainda mais os jovens da Gen Z (geração que tem ganho cada vez mais espaço e influência na política, nos meios religiosos, na economia e claro, no mercado de trabalho).
Fotógrafo Pedro Heinrich
Eu me chamo Matheus Rocca Vecchio Almeida, nascido em Porto Alegre e com um nome pomposo e comprido, muita gente acabou me conhecendo no mercado como “It Br Boy” ou ainda “It Brazilian Boy”, nome oriundo da iniciativa que mais transformou a minha vida nos últimos 10 anos. Em 2011 desbravei um nicho digital de mercado ainda pouco explorado no sul do Brasil, falando sobre moda masculina na internet enquanto vivia a minha adolescência. Essa oportunidade me permitiu especializar-me justamente numa área do comportamento de marketing que fala exatamente sobre como o mundo nos enxerga: o marketing pessoal. Se o mundo em 2011 era um modelo de iniciação e inclusão digital, em 2021 ele se resulta ainda mais convergido e integrado entre o on-line e o off-line. E é exatamente por isso que compartilho 3 dicas importantes para você que quer cativar e conquistar a geração interpretada como “geração da mudança”, ou ainda, “geração do agora”: a geração z.
1. SINGULARIDADE ACIMA DE TUDO!
Sem medo de aprenderem e com sede de conquista, os nascidos entre 1996 a 2010, exploram a imersão de um mundo em crise financeira, presenciando quedas e divisões políticas globais, questionando valores e princípios que não dialogam mais com o agora, e ainda, reinterpretando o passado de uma forma completamente singular. Se até os anos 2000 questionamentos como identidade de gênero, orientações sexuais e liberdade de escolha não eram pautas tão precisas, mais de 20 anos depois a sociedade em que vivemos tem percebido que se querem manter bons profissionais no mercado, nas escolas, nas vidas religiosas e dentro da sociedade, há uma necessidade em se atualizarem com os novos discursos, com os posicionamentos (em parte militantes, em parte ansiosos) e com a possibilidade em não mais escolherem quem querem que esteja ou pertença à, mas sim, serem escolhidos se são pertinentes ou não para estarem envolvidos. Divididos entre “eu” e “nós”, a Geração Z tem reconfigurado a maneira na qual o relacionamento se desenvolve a partir do marketing pessoal. Se até os millenials o sonho de idealismo era mostrar ao mundo que vencer na vida era ser livre para escolher o que quisessem ser, a geração posterior entendeu que para ser quem são não apenas precisariam estar cientes dessa construção completamente desconstruída, mas também, atentos há quem podem se envolver. O “eu”, percebido pela geração Z é a locução mais íntima sobre como esses jovens se enxergam; já o “nós”, fala sobre pertencimento, e num mundo ainda pandêmico, nunca antes foi tão necessário se sentir acolhido por ser quem se é.
2. ENTENDA 2021, NÃO AJA COMO SE ESTIVESSE EM 1991
Se o seu objetivo é justamente conseguir atrair a atenção dessa juventude já inserida no mercado (estima-se que haja pouco mais de 2 bilhões de jovens da Geração Z espalhados pelo mundo, segundo o portal WGSN), entenda que o diferente não precisa ser o normal, mas ele precisa estar inserido e ser respeitado. Nunca antes na história vivemos o que 2020 nos permitiu viver. Somos todos sobreviventes daquele ano. Por isso, não espere que as jornadas de trabalho presenciais ou a demora na valorização profissional sejam a melhor escolha para essa geração que quer muito aprender, que não tem medo de ambicionar, que suportam pressões, mas que escolhem tudo o que querem consumir, viver ou distinguir.
Agir fora dos anos 1990 é entender que a próxima década será escrita com muitos reflexos do passado, mas com a aceitação de imagem construída de forma completamente seletiva: “o mundo só vai enxergar aquilo que nós queremos mostrar para ele”. Essa frase tão afirmada no marketing pessoal é a chave para a interpretação em como estaremos envolvidos a partir de agora.
3. SEJA FIEL AOS VALORES QUE VOCÊ EMPREGA
Se você tem uma marca plus size, por exemplo, mas todos os seus trabalhadores são pessoas magras e fora do padrão plus size, o seu discurso de inclusão não parece estar sendo ouvido por quem mais vive essa realidade. A percepção de quem enxerga essa situação só mudaria se no empreendimento houvessem pessoas que não se encaixam no padrão de escolha de mercado optado pela marca, mas que proporcionem diálogos de oportunidade com essa parcela do mercado, abrindo a ideia atualizada sobre o que é empreender: movimentar-se. Movimento é a forma que mais se conecta justamente com a oportunidade, palavrinha essa que exemplifica como jovens tem se tornado gigantes no meio digital em pouquíssimo tempo, aproveitando espaços, cadeias de negócio, explorando marcas e criando vida em lugares até então pouco explorados. Lembre-se de que a sua imagem precisa estar em total harmonia com o que você acredita. As pessoas vão julgar no tribunal da web se faz ou não sentido sempre em que houver dissonância entre o que você fala e o que você aplica. Saiba como, quando e para quem você está falando, porque a sua voz será ouvida igual, o seu apoio vai depender da fidelidade ao que você aplica.
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