Médico Especialista em Medicina Física e Tratamentos de emagrecimento
"BRASIL" COVER EDITION - SEPTEMBER ISSUE
Photos Jorge Scherer
Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Dr. Lucas Gelatti é médico especialista em Medicina Física e Reabilitação e também referência em tratamentos emagrecimento.
Carreira
“Sempre tive muita afinidade com a questão da atividade física e também com a área da fisiatria, como neurologia, reumatologia e a própria ortopedia, isso me motivou a ir para a fisiatria, onde também conheci a acupuntura como uma especialidade que poderia beneficiar os meus pacientes, porém, vi que meus pacientes precisavam de mais, foi quando resolvi buscar mais conhecimento e fazer uma Pós-Graduação em Ciências da Obesidade e da Sarcopenia, e desde então venho conseguindo atender meus pacientes de uma forma mais integral”.
Referência também no tratamento de emagrecimento, ele garante que perder peso não é o mesmo que perder gordura.
“O que buscamos em um processo de emagrecimento é a perda de gordura com o mínimo de perda de massa muscular, pois perder peso às custas de muita massa muscular acaba não sendo interessante, uma vez que os músculos têm importantes ações no metabolismo, por isso sua perda pode gerar prejuízos metabólicos, inflamatórios e, inclusive, prejuízos para o cérebro, considerando que o músculo produz uma substância chamada BDNF, que é um fator de crescimento para os neurônios".
Dietas milagrosas?
“Milagres não existem. O que nós temos, são muitas vezes, dietas com roupagens diferentes, mas basicamente o que vai funcionar é a dieta ter uma restrição calórica, porque não existe perder peso sem gastar mais energia do que se está ingerindo. Alguns tipos de dietas podem beneficiar alguns tipos específicos de pacientes, como exemplo, a dieta cetogênica para diabéticos tipo 2.”
Dr. Lucas e Luana
Sobre emagrecer com qualidade, Dr. Lucas explica que o mais importante é o paciente emagrecer perdendo principalmente gordura com pouca perda de massa muscular.
“Isso traz um benefício metabólico muito grande para o paciente, principalmente quando falamos na manutenção, pois ao manter uma massa muscular adequada, o paciente consegue manter o gasto energético um pouco mais elevado, o que faz com que esse paciente consiga aderir a manutenção da dieta no período pós emagrecimento".
Não podemos romantizar a obesidade
“Quando digo isso, quero dizer que temos encará-la como ela é. A obesidade é uma doença crônica, que leva a outras doenças crônicas muito graves, com risco inclusive de morte. A obesidade tem crescido no Brasil, mas isso se deve a vários fatores, e um deles é a qualidade da informação, que apesar de termos muita informação disponível, falta qualidade.”
Dia do lixo, pode?
“O que comumente chamamos de dia do lixo pode ser uma ‘uma faca de dois gumes’. A questão positiva dele é a quebra da monotonia alimentar, que muitas vezes vai ajudar a manter a adesão do paciente ao processo de emagrecimento, porém, o momento que o paciente enxerga esse ‘dia do lixo’, como um dia completamente livre aonde ele pode comer e beber o que ele quiser, sem qualquer controle, pode pôr a perder todo esforço de uma semana inteira”.
Lucas Gelatti realizou o Programa de Residência Médica em Medicina Física e Reabilitação do Hospital São Lucas da PUC RS e cursou especialização em acupuntura pelo CESAC – RS, com título de Especialista em Acupuntura pela AMB.
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