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SHUI: O Streetwear que Se Transforma como a Força da Água


SHUI: O Streetwear que Se Transforma como a Força da Água
Photo Disclosure SHUI

Em um cenário de moda onde tudo parece mais do mesmo, a SHUI aparece como um respiro. Criada em 2020 por Ronaldo Pan Ye, a marca não nasceu de um plano de negócios ambicioso, mas sim de um momento difícil — em meio à pandemia, quando tudo parecia desmoronar. O que era caos virou força. E dessa força, nasceu uma marca com propósito, estilo e uma filosofia de vida.


O poder da água

SHUI: O Streetwear que Se Transforma como a Força da Água
Photo Disclosure SHUI

SHUI vem do mandarim e significa “água”. A inspiração veio de uma frase que Ronaldo ouviu ainda na infância, em um filme de Bruce Lee: Be like water, my friend. Seja como a água — que se adapta, muda de forma e resiste. Essa é a base de tudo o que a marca representa.


Se você coloca a água num copo, ela vira o copo. Se você bebe, ela vira você. É assim que vejo a SHUI: uma marca que se adapta, que muda, mas que nunca perde sua essência”, diz Ronaldo.

Essa ideia vai muito além das roupas. Ela está presente na forma como a marca cria, se posiciona e se reinventa. Hoje, a SHUI é um movimento — feito para quem quer fugir do comum e usar a moda como forma de expressão.


SHUI: O Streetwear que Se Transforma como a Força da Água
Photo Luma B - @lumabeninc

No começo, a SHUI era formada por Ronaldo, seu pai e três costureiros, em um espaço de apenas 100m². Com muito esforço e criatividade, a marca cresceu. Hoje, tem um espaço dez vezes maior e envolve mais de 300 pessoas direta e indiretamente. E mesmo com esse crescimento, Ronaldo faz questão de manter o clima de família e o propósito original.


A gente não está só costurando roupas. Estamos costurando uma história juntos”, conta ele.

SHUI: O Streetwear que Se Transforma como a Força da Água
Photo Luma B - @lumabeninc

A SHUI une referências da cultura asiática com o streetwear urbano. São peças que fogem do óbvio, com cortes diferentes, modelagens criativas e um olhar apurado para o design. A marca tem linhas mais minimalistas, como a S.ESS, e outras mais ousadas — sempre com a proposta de transformar o básico em algo único.


“Não vendemos só roupas. Vendemos atitude, estilo de vida e uma forma diferente de ver o mundo”, diz Ronaldo.

Confira entrevista exclusiva com o fundador Ronaldo Pan Ye:

SHUI: O Streetwear que Se Transforma como a Força da Água
Photo Disclosure SHUI

1. A SHUI nasceu em um momento de crise, mas se tornou um símbolo de superação. Como foi transformar a adversidade em um movimento de moda e identidade?


A SHUI nasceu no meio do caos. Era um momento em que tudo parecia desmoronar — pessoalmente, financeiramente e emocionalmente. E foi ali que eu percebi que ou me deixava levar, ou transformava aquela dor em energia e arte.
A SHUI é a resposta a tudo que disseram que não ia dar certo. Cada coleção foi uma carta de superação, cada peça um lembrete de que a gente pode se reinventar.
Sempre com o olhar positivo, entendi que a crise não nos quebrou — nos moldou.
Insatisfeito com o modo de se vestir convencional, preestabelecido pela sociedade, aproveitei o momento para preencher essa necessidade do mercado, trazendo inovação e referências asiáticas.
Unindo minhas forças como influenciador no TikTok e Instagram, somando mais de 500 mil seguidores, levantei essa bandeira para levar o movimento adiante.

2. O conceito de “ser como a água” é o coração da SHUI. Como essa filosofia influencia não apenas as coleções, mas as decisões criativas e estratégicas da marca?


“Ser como a água” é mais do que uma frase ou filosofia de vida — é uma forma de existir. A água pode fluir ou colidir, se adapta em qualquer circunstância, mas nunca perde sua essência.
É essa filosofia que aplicamos desde as roupas até a cultura de liderança. Se o mercado ou as tendências mudam, a gente se adapta. Se a cultura pede algo novo, absorvemos e transformamos. E é isso que a SHUI representa: um movimento, um estilo de vida e uma forma de pensar.
A flexibilidade e a adaptação estão traduzidas de forma implícita nos nossos designs e recortes contemporâneos — mostrando que é possível sair do convencional sem perder a força.

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Photo Disclosure SHUI

3. Você cresceu em meio à luta dos seus pais e aprendeu com a resiliência do comércio de rua. Como essas raízes ainda se refletem no que a SHUI é hoje?


Minha origem são as raízes da minha resiliência. Crescer no comércio de rua me ensinou sobre esforço real — sobre dar valor a cada venda, cada cliente, cada detalhe.
Meus pais são minha referência de persistência. Eles não tinham tempo para sonhar alto, mas me deram tudo para que eu pudesse sonhar por eles.
Mesmo sem formação acadêmica, dinheiro ou uma qualidade de vida que hoje seria considerada minimamente saudável, se esforçavam ao máximo para sustentar a família — e sempre me inseriram nesse meio como uma forma de aprendizado.
Hoje, eu sei como é desde fazer um carreto debaixo do sol ardente da tarde até desenvolver uma landing page para uma campanha de tráfego.
Por tudo que vivi desde a infância no comércio de rua, entendo que cada desafio de hoje é apenas mais uma etapa rumo ao meu objetivo.

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Photo Disclosure SHUI

4. A SHUI se posiciona contra a mesmice do vestuário nacional. O que, na sua visão, falta na moda brasileira atual, e como vocês estão preenchendo esse vazio?


Falta ousadia e conhecimento. A moda brasileira ainda se prende a fórmulas seguras — ao que “vende fácil”.
A SHUI veio para romper com isso. Nosso design é expressão, identidade e futuro.
Falta visão de mundo, falta conexão com a arte urbana global, com um storytelling autêntico.
A SHUI é a ponte entre o Brasil e o mundo — com estética, com presença e com alma.
Trazemos desde peças que reinterpretam o básico até designs autorais com shapes, cortes e caimentos que fogem do comum do mercado tradicional.

SHUI: O Streetwear que Se Transforma como a Força da Água
Photo Disclosure SHUI

5. Com um time que cresceu de 5 para mais de 300 pessoas, como você mantém viva a essência familiar e o propósito original da SHUI?


Crescer foi inevitável. Mas perder nossa essência nunca foi uma opção.
Faço questão de estar presente, olhar nos olhos e lembrar cada pessoa do “porquê” por trás do que fazemos.
A cultura da SHUI é um dos pilares que mais valorizo hoje. Mesmo com mais de 300 envolvidos, a mentalidade é de um só corpo, um só movimento.
A gente não está apenas costurando roupas — estamos costurando uma história juntos.
Como já dizem: “o olho do dono é que engorda o boi”. (risos)

SHUI: O Streetwear que Se Transforma como a Força da Água
Photo Disclosure SHUI

6. Que tipo de impacto você deseja causar em quem veste SHUI?


Quero que quem veste SHUI se sinta disruptivo, ousado, fora do convencional — carregando com orgulho nosso movimento e identidade.
Que cada peça seja uma mensagem, representando liberdade e autenticidade.
Não vendemos apenas roupas — vendemos um estilo de vida, um sentimento, um posicionamento.
Quero que cada pessoa se olhe no espelho e enxergue uma versão mais potente de si mesma.
SHUI é sobre se tornar poderoso, misterioso, alinhado com seus propósitos — flexível e adaptável para enfrentar qualquer adversidade do mundo.

SHUI: O Streetwear que Se Transforma como a Força da Água
Photo Disclosure SHUI

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